dezembro 31, 2009

Eu escrevo um mundo

Eu escrevo um mundo.
Vejo num segundo e se a p a g a
Nada num universo mais profundo
Eu escrevo um mundo
Fundo, do lugar em que se amarra
Ara um lugar gigante
Ante àquilo que pára
Eu escrevo um mundo
Que vai.... Que volta
Solta os versos pra eu sonhar mais!!!
Eu escrevo um mundo baseado em uma glosa
Ociosa que vai.... Que volta.
Rodapé imaginário
Eu escrevo um mundo de criança
L E M B R A N Ç A
Rascunhado por traços
Aços de memória
Que me ficam
Que me soltam....
E quando soltam, ainda há a certeza:
V O L T A M

Eu sei que voltam...
Pois a memória é ventre
E a história é presente,
Mesmo ausente há marcas
Passas, porém volta

Eu escrevo 1,2,3,4.....

M U N D O (S)

dezembro 27, 2009

A alma dança numa confusão constante.

 

Enlaço meu pensamento a um descaso
E guardo meu sofrimento em uma dança
Quando criança, éramos mais
Hoje não há esperança, somente locais
Iguais àqueles, mas só locais.
Quando criança, éramos mais
Não há nem fantasmas
Não há danças, não há crianças
Há músicas apenas, instrumentais. 
Hoje não há cidade...
Nem homenzinhos da luz
Não há pesadelos
Só degelos
E amanhã...
Quem sabe um dia seremos mais.







dezembro 25, 2009

Eu ainda procurei saída...

Eu ainda procurei a saída, mas percebi que era inútil. Alguém tinha me prendido num parque cheio de árvores... Parecia com o parque da minha infância, quando eu brincava com os meus amigos...
Puseram-me em um lugar nostálgico. Não havia coisa pior para mim do que nostalgia.
Eu sempre fui um menino de brincadeiras, hoje sou um homem de negócios.
O que me chamava atenção é que eu não conseguia dizer se meu tempo de criança foi feliz.
Detesto estas multidões de lembranças, elas entopem meu cérebro de fantasias, tiram de mim a racionalidade necessária para continuar com minha vida.
Eu prefiro estar assim, sem emoções inundando meu ser. A gélida emoção da vida sem emoções.
As fantasias de criança em nada me serviram. Alimentaram apenas minha ingenuidade. Ingenuidade esta que me deu tantas tristezas; este parque... Não, meus tempos de criança não foram felizes. 



dezembro 19, 2009

Apresentação de Psykhé

Se eu tivesse respostas, mas minha alma anda muito confusa; minha alma tem o hábito de vagar sem destino por caminhos que encontro, por modelos...Porém não se decide. Não se fixa. Não parece gostar de nenhum modelo. 
Minha alma não pede refúgio, nem acalanto - não agora - minha alma pede caminho e vontade de segui-lo, minha alma pede destino.



William Waterhouse